sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Exorcismo
Salve queridos irmãos! Eis que nos encontramos mais uma vez publicando um material que faz parte do nosso trabalho na Sociedade Espírita de Umbanda Tupinambá das Matas Virgens. Conhecida como oração do Exorcismo, a prece de São Cipriano é realizada aos finais das sessões espíritas no intuito de encaminhar os espíritos que precisam de luz e orientação e que no momento encontram-se perturbando a caminhada terrena de alguns irmãos.
Esta prece é acompanhada de um pote de vidro com os seguintes ingredientes: 7 porções de água pura, 7 colheres de água do mar, 7 colheres de mel e 7 pétalas de rosa branca ou Jasmin. É essencial, neste trabalho espiritual, que tanto a pessoa que vai ministrar a oração, quanto o material, deve estar equilibrada e preparada espiritualmente para realizar o evento. A oração pode ser realizada sem a presença do material, no entanto este líquido é importante para obter melhores resultados. Antes e depois do trabalho faz-se o pai nosso. Durante a oração o responsável vai espargindo o líquido com o auxílio das pétalas de rosa.
As pessoas que foram abençoadas pelo trabalho devem tomar uma colher às 24h do mesmo dia que foi feito o trabalho, às 6h do dia posterior, às 12h, e às 18h. Após essas quatro intervenções, deve-se espargir a casa dos fundos para frente em seu interior, pedindo que os espíritos de luz abençoem o lar. Findo isso, despeja-se o restante do líquido nos verdes (fora da casa) ou em cachoeiras e rios.
Segue a oração. Que Oxalá nos abençoe sempre!
Como servo de Deus e criatura sua, desligo o espírito maligno e tudo quanto este tem ligado, em nome do divino criador a quem eu amo desde que o conheço com todo meu coração alma e sentidos e a quem prometo adorar eternamente.
Agradecendo também os benefícios que como pai amoroso ele me concede sem medidas, eu vos ordeno espírito do mal, que vos separeis imediatamente desse(s) corpo(s) que estais atormentando e que o(s) deixei(s) livre para que possam receber as aspersões das águas exorcizadas que como chuvas divinas derramam sobre ele(s) dizendo: em nome do pai, do filho e do espírito santo. Que vive e reina eternamente, pelas virtudes que possuem os espíritos superiores Adonai, Eloin e Jeovah, cuja presença e onipotência invoco neste ato, amém.
Em nome de São Cipriano, da arte de Deus três vezes santo e pela potência que possuem os espíritos superiores Adonai, Eloin, Jeovah e Nitrato eu (......) absolvo o(s) corpo(s) desse(s) irmão(s) para que seja libertado(s) de todos os feitiços, encantos e sortilégios, produzidos por homens, mulheres ou qualquer outra causa.
Deus seja louvado, glorificado e se digne a dispor de todos os sortilégios para que sejam desfeitos, desligados, destruídos e reduzidos ao nada, a fim de que o(s) corpo(s) desse(s) irmão(s) fique livre de todos os males de que padece. Oh Deus! Grande e poderoso! Glorificado seja o vosso nome e que por vossa intercessão sejam obrigados a retirar os espíritos que tomaram posse desse(s) corpo(s) desaparecendo os sortilégios que fizeram. Eu vos conjuro e mando desaparecer a fim de que nunca mais possam entrar nesse(s) corpo(s) sob os qual(ais) eu faço três cruzes dizendo: em nome do pai, do filho e do espírito santo.
Eu absolvo e abençôo com as águas exorcizadas da grande mãe Iemanjá, a quem eu peço que proteja, ampare e defenda esse(s) irmão(s), para que nunca mais seja atormentado(s). Amém!
Força, Luz e Proteção!!!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Ponto das Caboclas
Salve, irmãos de fé! Gostaria de postar hoje aqui no blog, um ponto lindo, recebido na década de 80 pelo sr. Paulo Fernando Souza, atual diretor espiritual da casa Tupinambá das Matas Virgens. Este ponto que em primeiro momento era poesia e recebeu sua melodia através das percepções fantásticas de nossa irmã Gilda, líder representante do Centro de Umbanda São Francisco de Assis, e partir desse instante se tornou um dos pontos mais cantados no nosso centro.
Ponto das Caboclas
Oxum, senhora de toda doçura, meiguice e carinho,
Iemanjá, rainha das ondas sereia do mar,
Iansã, serena como as serrações das cachoeiras,
Oiá és a morena bonita, mensageira de Oxalá,
Salve Indaiá, mensageira das sereias
Que vive brincando na areia,
Contando as conchinhas da beira do mar,
Cabocla que dá proteção,
E pesca com isca de pão, (bis)
Um dia de sol radiante,
O filho de um pajé das tribos guará,
Pediu as estrelas do céu,
Um filho com a linda Indaiá,
Daí algum tempo nasceu o Estrela do Mar,
Que teve como seus padrinhos,
A Oxum, a Iemanjá,
A Iansã, a Oiá,
E a natureza inteira do pai Oxalá (bis).
Força, Luz e Proteção à todos.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Casemiro de Souza
Caros amigos e irmãos Umbandistas, hoje gostaria de publicar a todos um texto escrito pelo sr. Casemiro de Souza, falecido aos 25 dias do mês de junho do ano 2000, e que nos deixou a maravilhosa umbanda que praticamos na Sociedade Espírita de Umbanda Tupinambá das Matas Virgens em Porto Alegre.
Após seu falecimento, fui presenteado pela sra Thereza da Silva de Souza, viúva do tio Miroca como era conhecido, com seus documentos pessoais, e que guardo com muito carinho, na certeza de que estes documentos representam uma linda história de um homem que lutou e amou como poucos a Umbanda em sua essência.
Que o grande pai te ilumine sempre e pai José de Angola te proteja....
Vocês já viram aquele ranchinho
Ranchinho de palha beira o chão
Que fica ali na beira do caminho
Que vai da casa grande para o riachão;
Na porta da entrada tem um toco
No lado da encosta um grande canavial
Bem na frente do coqueiro dando côco
E pro lado da baixada é um bananal;
Contam por aqui, que às vezes ali
Até parece que em noites de luar
Vê-se andando no rancho daqui para ali
Um pretinho velho que caminha devagar;
Dizem ainda que ele costumava
Naquele toco de entrada sentar
Quando sinhazinha o procurava
Para as tristezas e as mágoas desabafar;
Aquele preto corcundinha que ali aparece
Sentado no rancho no seu limiar
Na sua bondade de cativo até parece
Que com nosso senhor ele vai conversar;
Nos tempos em que na terra vivia
Na África lá em Angola era seu nome Kabindaloé
Mas depois dos seus doze anos ele viria
Para o Brasil pra ser chamado o preto José;
Foi quando aqui chegou na Bahia
Tendo sido vendido pro senhor do engenho
Passou a viver na casa grande no lado de Sá Maria
A filha mais nova do sinhô Martinho;
Ali foi ele crescendo, crescendo
Sempre amigo e maneiroso com todos da fazenda
Kabindaloé ou José de Angola como era chamado
Nas propriedades de Dom Martinho ficou como lenda;
E já depois de ter vivido
Quase dois séculos entre seus amigos
Foi numa noite de luar já com olhar sumido
O preto José por muito, muito antigo
Deixava entre as palhas daquele ranchinho
Com sorriso nos lábios de satisfação
O corpo inerte de um pobre velhinho
Ficando também a saudade em nosso coração;
O preto José da terra partiu
Indo ao encontro ao nosso senhor
A quem fora servir, por isso a ele se uniu
O preto velho que agora é protetor;
E agora nas noites de luar até parece
Quando a lua faz as serranias cor de prata
E a brisa as folhas do canavial estremece
Nossas noites ouço e vejo o preto de Alpercatas;
Aquele que sentava no toco com sua sacola
Ele agora vem do senhor do Bonfim na aruanda
O preto velho Pai José de Angola
Pra novamente trabalhar no terreiro de umbanda.
Jeca 30/06/1965
Após seu falecimento, fui presenteado pela sra Thereza da Silva de Souza, viúva do tio Miroca como era conhecido, com seus documentos pessoais, e que guardo com muito carinho, na certeza de que estes documentos representam uma linda história de um homem que lutou e amou como poucos a Umbanda em sua essência.
Que o grande pai te ilumine sempre e pai José de Angola te proteja....
Vocês já viram aquele ranchinho
Ranchinho de palha beira o chão
Que fica ali na beira do caminho
Que vai da casa grande para o riachão;
Na porta da entrada tem um toco
No lado da encosta um grande canavial
Bem na frente do coqueiro dando côco
E pro lado da baixada é um bananal;
Contam por aqui, que às vezes ali
Até parece que em noites de luar
Vê-se andando no rancho daqui para ali
Um pretinho velho que caminha devagar;
Dizem ainda que ele costumava
Naquele toco de entrada sentar
Quando sinhazinha o procurava
Para as tristezas e as mágoas desabafar;
Aquele preto corcundinha que ali aparece
Sentado no rancho no seu limiar
Na sua bondade de cativo até parece
Que com nosso senhor ele vai conversar;
Nos tempos em que na terra vivia
Na África lá em Angola era seu nome Kabindaloé
Mas depois dos seus doze anos ele viria
Para o Brasil pra ser chamado o preto José;
Foi quando aqui chegou na Bahia
Tendo sido vendido pro senhor do engenho
Passou a viver na casa grande no lado de Sá Maria
A filha mais nova do sinhô Martinho;
Ali foi ele crescendo, crescendo
Sempre amigo e maneiroso com todos da fazenda
Kabindaloé ou José de Angola como era chamado
Nas propriedades de Dom Martinho ficou como lenda;
E já depois de ter vivido
Quase dois séculos entre seus amigos
Foi numa noite de luar já com olhar sumido
O preto José por muito, muito antigo
Deixava entre as palhas daquele ranchinho
Com sorriso nos lábios de satisfação
O corpo inerte de um pobre velhinho
Ficando também a saudade em nosso coração;
O preto José da terra partiu
Indo ao encontro ao nosso senhor
A quem fora servir, por isso a ele se uniu
O preto velho que agora é protetor;
E agora nas noites de luar até parece
Quando a lua faz as serranias cor de prata
E a brisa as folhas do canavial estremece
Nossas noites ouço e vejo o preto de Alpercatas;
Aquele que sentava no toco com sua sacola
Ele agora vem do senhor do Bonfim na aruanda
O preto velho Pai José de Angola
Pra novamente trabalhar no terreiro de umbanda.
Jeca 30/06/1965
Força Luz e Proteção
Saudamos todos os irmãos umbandistas do Brasil e principalmente do Rio Grande do Sul. É com muita satisfação que damos início aos trabalhos de orientação espiritual através deste meio de comunicação interessante que é a internet. Pedimos licença à todos Orixás e orientadores que trabalham na prática do amor, e suplicamos por energias positivas que possam auxiliar as pessoas que precisam ao longo dessa trajetória terrena.
Xeuepa Babá, Odoiá, Ieieu, Oguniê, Êparrei, Okê, Caô Cabecilê.
Força, Luz e Proteção!
Paulo H. Souza
Xeuepa Babá, Odoiá, Ieieu, Oguniê, Êparrei, Okê, Caô Cabecilê.
Salve Pai Pena Branca de Oxalá
Salve Pai Pena Branca das Matas Virgens
Salve Ogum da Bandeira
Salve Ogum da Bandeira
Salve Cacique Tupinambá
Força, Luz e Proteção!
Paulo H. Souza
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